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Manual do Front
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O ponto de partida: a explicação de como tudo começou

Minha história pessoal e como eu espero que o Manual do Front ajude você

É estranho... logo eu, que sempre gostei de escrever os famosos "textões" ou de falar muito, vejo esse cursor piscando e penso em tanta coisa para compartilhar - mas nem sei por onde começar. Sendo assim, depois de vários minutos parado, olhando para uma tela imóvel, decidi que era hora de digitar. E cá estamos!

Seja muito bem-vindo! Esse é meu primeiro post e, independente do dia, eu agradeço seu interesse em ler o que tenho para compartilhar. E como prometido, eu gostaria de explicar como decidi começar esse projeto e eu, particularmente, acredito que tudo começa com um porquê. Nesse caso, não foi diferente.

Contudo, se você me perguntar qual é, neste momento, eu não saberia dizer.

Não porque eu não saiba o que quero trazer como conteúdo aqui ou que estas publicações não tenham finalidade - muito pelo contrário. Mas sim porque acho que nada define melhor do que a mais pura vontade de compartilhar o conhecimento que adquiri nesses quase 8 anos de carreira, somada à busca por evolução constante e por novas oportunidades ou desafios.

Um pouco de história

Desde os primeiros Windows com quais tive contato, eu sempre gostei de documentar tudo que faço, criar anotações para lembrar o passo a passo de como cheguei em determinado resultado e, especialmente, tornar isso útil para alguém - mesmo que, em 90% dos casos, essa pessoa fosse eu mesmo. Isso me mostra que, apesar de ter demorado para tirar esse projeto do papel, essa vontade sempre esteve lá, presente - mas talvez adormecida. E hoje eu acredito que tudo acontece na hora certa.

Captura de tela de um gerenciador de arquivos mostrando dois arquivos: um arquivo PowerPoint intitulado

Imagem do Google Drive mostrando que em Março e Maio de 2015 eu já tentava criar tutoriais e conteúdo - e sim, já estou ficando velho 😂

Com a correria de uma rotina preenchida pelo curso Técnico em Informática (no qual me formei em 2016) - que, posteriormente, evoluiu para a graduação em Bacharel em Ciência da Computação (formado em 2021) - e por um trabalho CLT que começava às 07h42 e deveria ir até às 18h (assunto para outra publicação), eu deixei esse ímpeto de lado para perseguir uma ascensão profissional e concluir minha faculdade com maestria. Posso dizer que sim, valeu à pena! Me formei condecorado como o melhor aluno da minha turma e hoje minha carreira é próspera, sólida e promissora.

Contudo, isso não me fez parar de estudar. Pelo contrário! Eu ainda leio diversos blogs, consumo inúmeros vídeos técnicos no YouTube e assino algumas newsletters (inclusive, pretendo compartilhar vários desses conteúdos como recomendações em publicações futuras aqui do blog). E toda vez que eu estou estudando ou tentando aprender algo, aquele mesmo sentimento do menino que fazia tutoriais em tom de brincadeira volta, e eu me sinto "devendo" para a comunidade - ou, no mínimo, deixando uma grande oportunidade de contribuir e conhecer pessoas incríveis que podem agregar à minha vida.

Dessa vez, pensei: por que não compartilhar isso e, talvez um dia, atingir dezenas, centenas ou até milhares de pessoas? Por que não, no futuro, ter a possibilidade de ser uma referência para os novos desenvolvedores, assim como outros desenvolvedores foram (e ainda são) pra mim? Imagina só um dos inúmeros artigos que pretendo publicar ter o mesmo impacto que artigos do passado tiveram no início da minha carreira... que honra seria! Só de pensar nisso, já fico empolgado!

Relevância e reconhecimento

Se você é um desenvolvedor Front-end, peço que me ajude nos comentários - ou me corrija, se eu estiver errado - quando digo que: atualmente, é muito difícil encontrar uma certificação reconhecida nacional ou internacionalmente para esse novo "cargo" - um grande número de devs atribui o surgimento do termo Front-end entre os anos de 2007 e 2011, como você pode ver nesse fórum do frontendbr. Isso quer dizer que, talvez, esse cargo ainda nem tenha chegado à maioridade. 😂

E por que isso é um problema? Porque, diferente de linguagens estabelecidas há muito tempo, como o C (1972) e o Java (1996), por não haver certificações ou outras formas oficiais de comprovar seu conhecimento, torna-se difícil mostrar que "você é bom". Ainda neste cenário, recentemente tivemos a popularização de cursos on-line, que derrubaram as barreiras para adquirir um certificado (neste caso porém, a grande maioria baseiam-se em horas-aula e não em uma prova de validação de conhecimento). Isso é ótimo, não me entendam mal, nunca foi tão fácil obter conhecimento útil mas, ao mesmo tempo, nem todo curso terá conteúdo suficiente para prepará-lo para o mercado de trabalho e para os desafios diários.

Quem trabalha na área, nesse momento muito provavelmente já identificou o problema. Para você que ainda não tem tanta experiência, está começando na área ou migrando de carreira, eu vou explicar com mais detalhes. Com a explosão de tech-startups dos últimos anos e os investimentos bilionários na área, houve uma demanda excessiva por desenvolvedores, já que a tecnologia é a maneira mais rápida de fazer uma empresa tornar-se competitiva ao mercado. Com o aumento da demanda (vagas) e o aumento expressivo da oferta (desenvolvedores), ficou muito difícil filtrar a capacidade de cada profissional e, especialmente, identificar quem tem mais experiência.

Dessa forma, certificados como os criados pela AWS, Google ou Microsoft, por exemplo, tornaram-se uma forma reconhecida e segura de comprovar seus conhecimentos. Infelizmente, não temos um exemplo equivalente para o desenvolvimento Front-end (afirmação em Set/2024). Parafraseando Fabio Akita no seu post de boas vindas (assim como eu estou fazendo aqui): "os pioneiros sempre caminham por território árduo, mas a recompensa dos primeiros sempre será maior também", eu consigo compartilhar com você como vejo essa situação: oportunidade.

Aliado à essa visão, eu sempre tive o sonho de ser reconhecido como um profissional capaz de agregar conhecimento e fazer parte de grandes projetos de software. Mas sem uma certificação específica e trabalhando para empresas privadas (nas quais o código não é público), restava-me minha graduação, meu GitHub e alguns cursos. Mas eu queria (e quero) mais, e vejo esse blog como uma excelente forma de ser meu portfólio. E penso assim não apenas porque vou compartilhar o que sei, mas porque vou estar aprendendo com você que - assim espero 🙏🏼 - vai deixar um comentário, vai assinar a newsletter no futuro ou, de alguma forma, também contribuirá comigo e poderá acompanhar, semana pós semana, minha evolução nessa jornada.

O que você encontrará por aqui?

Como alguém que é desenvolvedor há quase 9 anos e, no início da carreira, foi um desenvolvedor full-stack que atuava desde o levantamento de requisitos no cliente até à implantação (ou melhor, eu gosto de brincar com quem acompanha futebol que eu cruzava o escanteio e ia correndo para a área cabecear), eu não gostaria de limitar tudo que vamos conversar aqui. Acredito que podemos falar de ferramentas, GIT, código, design patterns, desafios do dia a dia e novidades da área de tecnologia.

Diagrama representando um formato de T. A linha horizontal, intitulada como

Créditos e fonte da imagem original (2022)

A imagem acima, caso não seja familiar para você, representa o termo T-shaped, que nada mais é do que uma carreira profissional conhecida como "<T&gt;". Eu gosto dessa teoria porque ela defende que um bom profissional é especialista em certo assunto (a linha vertical do T), mas ele "sabe se virar" em diversas outras áreas (a linha horizontal do T) que são relacionadas à sua especialidade. Aplicando isso para um desenvolvedor Front-end, por exemplo, podemos entender que é esperado que esse profissional seja muito bom em tecnologias do desenvolvimento Front-end, como HTML, CSS e JS. Porém, ele nunca conseguirá trabalhar em equipe se ele não souber o que é um JSON ou não poderá versionar seu código, caso não saiba GIT.

Acho que essa imagem representa bem, em uma visão geral, o que será esse blog. Com certeza, tendo trabalhado profissionalmente por 2 anos com React, 3 anos com Vue e - até o momento - 3 meses com Angular, eu vou priorizar e trazer mais conteúdos de Front-end. Mas, como mostrei na imagem acima, nós precisamos - e vamos - falar sobre outras tecnologias que são fundamentais no dia a dia e que irão colocar você em outro nível de profissionalismo e domínio da sua profissão. Então, teremos diversos assuntos, tais como (mas não limitado à):

  • Conteúdo básico:

    • Boas práticas (de separação de código, criação de projetos, ...)
    • Semântica (escrever um HTML com significado)
    • Estilização (com CSS, SCSS, etc...)
    • Ferramentas (como ser mais produtivo no Visual Studio Code, ...)
    • GIT Básico (add, commit, push, pull)
  • Conteúdo avançado:

    • Performance (como deixar seu site mais rápido, quais métricas analisar, ...)
    • Acessibilidade (como é uma página compatível com tecnologias assistivas)
    • GIT Avançado (squash, rebase, reset, cherry-pick, log)
  • Conteúdo especializado:

    • Reatividade (comparando Angular x Vue x React)
    • Como funcionam as stores utilizadas por esses frameworks
    • Desafios que surgem no dia a dia (e como foram resolvidos)
    • Testes unitários (com JEST, Testing Library, ...)
  • Conteúdo compartilhado:

    • Terminal (como utilizá-lo para ser mais eficiente no dia a dia, ...)
    • Protocolo HTTP • JSON • UI/UX • Documentação
    • e muito mais!

Esse é o Manual do Front, um perfil simples e direto mas que, com muito cuidado e qualidade, tentará compartilhar dicas, tutoriais - algumas brincadeiras - e conteúdo que estejam relacionados às nuances que envolvem o desenvolvimento Front-end no dia a dia. Quero muito te ver por aqui, bora?

Escrito com 💙 e 🎯 por @Manual do Front.


Originalmente publicado no meu blog, em https://manualdofront.com no dia 11 de Setembro de 2024.

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