Começar um projeto novo sempre vem com um misto de empolgação e receio. O código vai rodar? O ambiente vai cooperar? E, principalmente: quanto tempo vai levar até tudo estar funcionando?
Foi assim que me vi diante de um repositório novo, cercado por uma equipe igualmente nova. Antes mesmo de escrever uma linha de código, me deram um aviso:
— Demorei uma semana pra fazer esse projeto rodar na minha máquina. Em produção, já funciona. Nunca alterei nada por lá.
Nada como um pouco de motivação antes de começar, né? Respirei fundo e fiz o que qualquer pessoa racional faria: abri o README.md. Pouca informação. Ok, plano B: checar versões de linguagens, dependências, ferramentas. Versões incompatíveis, pacotes conflitantes, um festival de pequenos empecilhos. Três quartos do dia investidos e nada da aplicação funcionar.
Foi então que me ocorreu: com tudo que já alterei e instalei, como eu posso garantir que estou no caminho certo? E se, em vez de lutar contra o ambiente, eu simplesmente dockerizasse?
A grande sacada dos containers é essa: a previsibilidade. Eu posso quebrar tudo quantas vezes quiser, e sempre terei um ambiente limpo para recomeçar. Depois de algumas horas, a aplicação rodava. Não perfeitamente, mas funcionava. Um pouco mais de esforço e já havia algo digno de ser apresentado, um primeiro passo para estruturar um ambiente sólido e confiável.
Docker é ferramenta para padronizar, automatizar, facilitar deploys. Mas também é um grande aliado na experimentação e aprendizado. Ele nos permite errar sem medo, testar, otimizar. E no fim do dia, não importa se levaram sete dias ou algumas horas — o que importa é que, agora, o projeto roda.
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