Há alguns dias, li dois artigos no TabNews sobre A Crise do Programador Júnior (POV: Júnior), escrito pelo dsgrilo. Nele, o autor comentava sobre um artigo anterior de brunoleo223, A Crise do Programador Júnior. Mergulhando nesses dois textos, percebi que talvez eu esteja no meio dessa crise!
Basicamente, trata-se de muita autocobrança e uma grande necessidade de resultado, mas com a sensação de pouca experiência e sabedoria para entender o próprio momento profissional.
Porém, apesar de a crise ser a mesma mencionada nesses artigos, minha história é diferente, mas semelhante ao mesmo tempo. Então, vou contar o meu lado.
Início dos Problemas
Comecei meus estudos em programação frontend no início da pandemia. Na época, estava desempregada e precisava urgentemente encontrar um emprego que pagasse bem e me permitisse trabalhar de casa. Depois de um ano de estudos, consegui minha primeira vaga.
Os anos passaram e antes eu dedicava algumas horas do dia para estudar e me aperfeiçoar, mas de alguma forma atualmente esse tempo foi reduzido a zero. Afinal, nos momentos livres, eu só queria descansar, relaxar e fazer algo que me desse prazer. Assistir séries ou passar horas rolando o feed das redes sociais se tornou um hábito.
Agora, em 2024–2025, continuo no cargo de júnior. Vejo pessoas que entraram no mesmo nível que eu sendo promovidas ou evoluindo para novos cargos. Com isso, surge o sentimento de estagnação, como se meu conhecimento não tivesse avançado. Muitas vezes, não consigo participar de discussões técnicas mais complexas e apesar dos anos de trabalho, sinto que minha evolução foi mínima ou inexistente.
A síndrome do impostor sussurra que nunca vou alcançar o nível que almejo um dia. E o que eu estava fazendo para evitar isso? Absolutamente nada.
Continuava sem estudar. Mas agora, junto disso, vinha a culpa toda vez que eu escolhia assistir a um episódio de uma série ao invés de aprender algo novo.
Hora da ação!
Estamos em 2025 e neste momento não tenho um pensamento formado sobre uma promoção. O que realmente quero é sentir minha própria evolução.
Quero me tornar Pleno, Sênior ou Especialista? Tanto faz. Quero saber que saí de Caterpie, me tornei um Metapod e quem sabe no futuro me tornar um Butterfree. (Referências a Pokémon!)
Depois de muito refletir, decidi transformar essa jornada em um diário e compartilhar meus aprendizados.
Acredito que, escrevendo e documentando minha jornada, terei provas concretas do meu desenvolvimento e conseguirei enxergar essa evolução de forma mais clara.
Para isso, vou incluir na minha rotina um tempo de estudos de pelo menos 1h30 nos dias úteis e 2h nos finais de semana.
Além disso, criei algumas regras para me guiar nessa jornada:
1️ Vou seguir o desafio dos 100 dias de código, ou seja, estudar todos os dias por 100 dias e postar meu progresso em alguma rede social (ainda estou decidindo qual!).
2️ Usar IA como suporte: recorrer à inteligência artificial para ajudar na resolução de problemas ou esclarecer dúvidas, mas não para obter respostas prontas.
3️ Focar na base: reforçar os fundamentos da programação.
4️ Frontend como prioridade, mas também me aprofundar no backend.
5️ Criar pelo menos 5 projetos ao longo dos 100 dias: eles não precisam estar completos, mas devem reunir tudo o que desenvolvi nesse período.
6️ Pedir Feedbacks no trabalho e analisar o que preciso melhorar.
Com esse plano em mãos e um longo caminho pela frente, dou início à minha nova jornada!
O diário será atualizado mensalmente ou quinzenalmente (diário, mas não diário).
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