Este é o primeiro post do meu blog, e eu quero aproveitar este espaço para compartilhar minha história na área de TI. Não estou aqui para dizer que você deve seguir o mesmo caminho que eu escolhi. Cada pessoa tem sua trajetória, e é importante lembrar que as escolhas de carreira devem refletir quem você é, e não as expectativas de outras pessoas.
Meu objetivo aqui é simples: mostrar como comecei, as oportunidades que agarrei e como cheguei onde estou hoje. Talvez você encontre algo na minha história que te inspire ou que te ajude a enxergar que, às vezes, o caminho certo não é aquele que planejamos inicialmente.
Tenho 26 anos e trabalho com TI desde os 16 ou 17. Hoje, minha especialidade é Salesforce, mas a verdade é que eu nunca escolhi trabalhar com isso. Não foi algo que pensei ou sonhei. Aliás, eu nunca imaginei que trabalharia com TI. Meu plano original era ser militar. O que realmente moldou minha trajetória foi a forma como abracei as oportunidades que surgiram, cresci com elas e me permiti evoluir junto com cada experiência.
Passei por empresas como Itaú, Banco Pan, IBM, Oi, Porto Seguro, Capgemini e, atualmente, sou Consultor Sênior na Zup, uma consultoria do Itaú. Dentro da Zup, faço parte do time que atende o IBBA, a área de atacado do banco.
Mas, como muitas histórias, a minha começou de forma bem simples. Antes de me especializar em Salesforce, comecei na área de Suporte ao Usuário. Isso foi bem antes da explosão de cursos de tecnologia e promessas de salários astronômicos em poucos meses. Naquela época, trabalhar com TI significava muito mais aprender na prática e resolver problemas do que seguir fórmulas prontas.
Meu primeiro grande passo foi em uma empresa de manufatura de peças automotivas. Lá, éramos cerca de 500 funcionários, mas o time de TI tinha apenas quatro pessoas: dois desenvolvedores e dois profissionais de suporte – eu era um deles. E foi lá que ganhei meu primeiro apelido: "o cara do TI".
Meu trabalho era bem variado. Eu atendia chamados, configurava máquinas, gerenciava acessos a pastas e, em algumas ocasiões, bloqueava contas de usuários desligados. O que me marcou nessa experiência foi lidar com pessoas de todos os níveis: desde o chão de fábrica até a diretoria. Era desafiador, mas também transformador. Aprendi a me comunicar com clareza, a ser ágil na solução de problemas e, principalmente, a sair da minha zona de conforto.
Quando entrei naquela empresa, eu era tímido e inseguro. Quatro anos depois, saí de lá como alguém confiante, capaz de chegar em qualquer lugar e fazer o que precisava ser feito. Essa experiência me preparou para o próximo passo.
Eu sabia que era hora de crescer, então pedi demissão. Alguns meses depois, consegui um estágio no Itaú, onde minha jornada com Salesforce começou. Eu não sabia nada sobre essa ferramenta, mas me joguei de cabeça. Aos poucos, fui crescendo, aprendendo, me especializando e, hoje, tenho orgulho de dizer que sou Consultor Sênior no mesmo banco onde comecei como estagiário.
Olhando para trás, percebo que minha história não foi sobre "seguir um plano". Foi sobre abraçar o desconhecido, aprender com os desafios e crescer com as oportunidades. Às vezes, não precisamos saber exatamente onde queremos chegar. Basta estar disposto a dar o próximo passo e fazer o melhor com o que temos em mãos.
Espero que minha história te inspire a refletir sobre sua própria trajetória. Lembre-se: não importa onde você começa, mas sim como você aproveita o caminho.
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