Quando o ano de 2025 chegou, tomei uma decisão que mudaria minha carreira. Era um pensamento latente que me acompanhava desde 2024, crescendo até se tornar inevitável: eu precisava mudar.
Estava com 25 anos e me sentia preso. Trabalhar com minha tecnologia atual não me satisfazia mais, e continuar me especializando nela era incrivelmente caro. O mais importante: eu não estava feliz.
Isso não tinha nada a ver com o lugar onde trabalhava. Pelo contrário, estava cercado por profissionais excepcionais, com um pacote de benefícios generoso, ótimos líderes e o suporte constante dos meus managers. O problema era eu. Estava cansado e frustrado, sem entusiasmo para continuar naquele caminho.
Terminei minha graduação e, embora Salesforce tenha sido um nicho onde me desenvolvi bem e construi um histórico profissional sólido, sentia que precisava de um desafio maior. Sempre tive interesse por programação, algo que explorava de forma amadora, brincando com linguagens como PHP, Java, Rust, Go, Python, JavaScript, TypeScript e Kotlin.
Quando finalizei a faculdade, muitas perguntas me assombravam:
Faço uma pós-graduação, MBA ou mestrado?
Invisto em algo mais técnico ou em negócios?
Começo outra graduação?
Venho de uma família onde cada pessoa segue uma área de atuação diferente. Por isso, sempre tive aspirações variadas e sentia a pressão de escolher o caminho certo. Além disso, precisava considerar certificações. Como profissional em nível sênior, tinha que decidir: aspirar a um cargo de Tech Lead, me especializar ainda mais, coordenar equipes ou mergulhar na arquitetura de soluções?
O custo também pesava. Cada certificação era um investimento de quase R$ 1.200, o que só aumentava minha ansiedade. E com tantas dúvidas, acabei paralisado, vivendo em um limbo onde nada acontecia.
Eu também havia deixado de lado outras paixões. Desisti de estudar para concursos, como o da PRF, que era algo que me fascinava. Mais doloroso ainda, deixei de lado meu sonho de infância: aviação. Sempre fui apaixonado por pilotar, influenciado por jogos como Ace Combat e minhas aventuras como piloto em Battlefield.
No fim, decidi algo revolucionário: parar de olhar cargos, níveis ou senioridade. Resolvi buscar algo que trouxesse prazer e pudesse ser feito todos os dias, algo que eu amasse tanto que poderia começar como um hobby e crescer naturalmente. A resposta? Programar!
E para combinar com essa paixão, escolhi algo que sempre me fascinou: a plataforma mobile. Decidi que meu próximo passo seria desenvolver aplicativos Android. Essa escolha trouxe um novo brilho para minha rotina.
Hoje, programar é um lembrete constante de que a felicidade está em perseguir aquilo que nos motiva. Não importa onde você está ou quais recursos tem, o que importa é dar o primeiro passo.
Se você também sente que está preso, lembre-se: é possível recomeçar, mesmo que pareça difícil. Cada dia é uma nova oportunidade para criar, aprender e se transformar.
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